Sabe quais são as palavras mais frequentemente associadas a “madrasta” e “padrasto”?
Resposta: Estranho, abusos, maus-tratos, “não é a mesma coisa”.
A integração do padrasto ou da madrasta na vida da criança é um processo gradual, marcado por dúvidas e receios legítimos. O adulto deverá respeitar a criança e esperar que ela vá abrindo espaço na sua vida para este novo papel.
Qualquer pressão no sentido de garantir automaticamente grande nível de intimidade com a criança poderá ser prejudicial, já que esta tenderá a sentir que a sua vida está a ser bruscamente invadida.
Importa referir que a aceitação do padrasto é normalmente mais fácil do que a da madrasta. Isto pode estar relacionado com o facto de os homens preferirem, de um modo geral, encontrar pontos de interesse com os enteados – jogos de futebol, programas de TV, etc. –, enquanto as mulheres procuram mais rapidamente promover a intimidade emocional.
É importante conhecer as áreas de interesse da criança ou adolescente e encontrar ambientes favoráveis à integração – ver TV juntos ou praticar desporto, por exemplo. No início, esta relação pode ter a imagem de uma relação de amigos, mas os pais terão um papel no sentido de garantir que o padrasto ou a madrasta assumam também um papel de autoridade, nomeadamente na definição e aplicação das regras.
Nos casos em que o segundo casamento é resultante da viuvez de um dos cônjuges, é preciso ter em conta os sentimentos de perda por que os filhos passaram. A entrada repentina de uma nova pessoa na família pode, mais do que nos casos de divórcio, ser encarada como a substituição da figura parental. Isto é ainda mais notório quando o luto ainda não foi ultrapassado. O casal deve procurar que a integração seja gradual e pouco invasiva para os filhos, caso contrário, a rejeição manter-se-á.